no que acreditamos

Desejamos marcas que falem

com nossas melhores esperanças

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As novas tensões culturais estão demandando das empresas outras posturas em relação a consumidores, colaboradores, fornecedores e outros públicos, de maneira geral.

Há uma mudança no mundo em andamento, talvez, jamais registrada em toda a história, impulsionada pelas tecnologias que potencializam encontros que nunca seriam possíveis, intensificam interações e trocas permanentes de ideias. 

Valores e crenças do passado, que até aqui nortearam as relações, estão sendo derretidos e a maioria deles ressignificados. Segundo a literatura contemporânea, nem um molde da base moral está sendo quebrado, sem que seja substituído por outro.

Novas visões de mundo estão surgindo e se espalhando sob o efeito de rede – e não mais do centro para a margem. A cultura assumiu uma rota de movimento, que não pode ser interrompida. 

Há uma clara crise de identidade na humanidade, ao mesmo tempo em que se pode identificar uma busca incansável pela construção de novos laços afetivos que nos conectem e assegurem uma relação de pertencimento seguro ao mundo.

Passamos a demandar novos mitos! 

Os mitos nos tornam mais humanos, são parte de nosso destino, de nossa linguagem e de nosso modo de entendermos uns aos outros. A forma como eles se revelam varia, mas a necessidade deles, o clamor por eles, estará sempre presente. 

Eles representam o modo como a sociedade se unifica. São essenciais para o processo de sobrevivência da alma e trazem a nós um sentido novo, num mundo muitas vezes difícil e sem sentido.

É exatamente nesse ponto que entram as empresas, as marcas. 

Todas essas novas configurações do ambiente social estão exigindo das empresas um papel que vai muito além da entrega de excelentes produtos e serviços. O cenário exige marcas fortes, apoiadas em propósitos e em causas, capazes de dar rumo para as pessoas e proporcionar significado para as suas vidas. 

A sociedade passou a desejar marcas que falem com suas melhores esperanças. 

Não é fácil defender ideias e valores, publicamente. Mas é preciso. Marcas devem ter coragem para gerar transformação social e mudança de comportamento. Uma maneira de dar sentido ao mundo, uma espécie de padrão narrativo que dá significado à condição humana, por meio daquilo que se acredita. 

Essa é uma realidade que as empresas não podem ignorar. Isto faz com que o ato de pensar, planejar estrategicamente e executar mudem de maneira contundente. Marcas tem de encontrar aquilo as faz acordar pela manhã.

Um negócio que sabe a sua razão de ser não está somente preocupado com os clientes, mas com todos os seus stakeholders e com o próprio impacto que causa na sociedade. Muito além de produtos e serviços, as pessoas que se relacionam com as marcas estão em busca de sentido e pertencimento. 

O propósito e as causas não apenas geram valor, mas atribuem maior valor à vida das pessoas. Quando isso acontece, as empresas passam a lucrar no curto prazo e garantem seu crescimento nas próximas décadas. 

A força de propósitos e causas faz com que as marcas que têm uma finalidade de existência bem definida tenham uma capitalização de mercado maior. E se uma empresa não tiver um significado maior hoje, ela não representará nada no futuro.

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